/Romano – 350/RS
Lenço do Grupo Escoteiro Romano - Púrpura com dourado

Romano – 350/RS

A púrpura designa os mais importantes e mais caros corantes da História, utilizados pelas elites até à queda de Constantinopla em meados do século XV. A púrpura era obtida a partir da secreção mucosa produzida pela glândula hipocondrial situada junto do tracto respiratório de moluscos do gênero Purpura, por exemplo purpura haemastoma, e do gênero Murex. Encontram-se enormes pilhas de cascas destes moluscos em alguns sítios históricos na costa grega já que se estima que eram necessários cerca de 10 000 destes elusivos moluscos para produzir 1 grama de corante, cujos diferentes tons dependem do tipo de molusco e extração utilizados. Não é por isso de espantar que o seu preço fosse muitas vezes mais elevado que o ouro e que apenas pessoas muito abastadas se pudessem dar ao luxo de usar roupa tingida com estes corantes, normalmente associados à realeza e ao clero.
Durante o Império Romano, apenas o imperador Romano podia aparecer em público com um manto tingido de púrpura imperial, enquanto que aos senadores imperiais estaria reservado apenas o uso de uma barra púrpura na toga branca. No século I, Nero fez mesmo publicar um decreto que dava ao imperador o direito exclusivo da cor púrpura. Carlos Magno e restantes imperadores do Sacro Império Romano continuaram a usar o púrpura imperial enquanto os restantes reis europeus preferiam uma tonalidade mais azul, denominada púrpura real.